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Novos Futuros, Outros Passados: Coeducação Racial e Intergeracional Entre os de Casa
Nathanael Araujo
Texto escrito para o projeto "Enraizando o Antirracismo nas Favelas", do RioOnWatch.org , e que integra uma parceria com o Núcleo de Estudos Críticos em Linguagem, Educação e Sociedade (NECLES), da Universidade Federal Fluminense (UFF), para que seja utilizado como um recurso pedagógico em escolas públicas de Niterói. O texto relata um processo de coeducação intergeracional e interracial cujo ponto de partida foi um conjunto de perguntas formuladas por minha mãe, uma mulher branca, heterossexual e cisgênero de 54 anos. Direcionadas a mim, um homem negro, hom*ossexual e cisgênero de 31 anos, considerei que algumas dessas indagações poderiam ter um impacto educativo mais amplo se partilhadas.
Cadernos de História da Educação
Escola mista? Coeducação? Um desafio histórico para a educação de meninos e meninas
2019 •
Patrícia Augusto C
O artigo traça um panorama da educação feminina no Brasil, apresenta fatores que levaram a paisagem escolar brasileira ser majoritariamente mista, discutindo o conceito de escola mista e escolarização diferenciada por sexo. Foi produzido com base em levantamento bibliográfico das áreas História da Educação, Sociologia e História prioritariamente. Constata que escola mista não significa a oferta de uma escolarização não diferenciada por sexo e reflete sobre a possibilidade de o ambiente escolar constituir-se como um espaço contributivo para a igualdade de gêneros. O texto infere a importância de um olhar atento para o sistema educacional e suas diferentes instâncias e para sujeitos que frequentam os ambientes educativos. Refletir sobre a importância de uma educação igualitária exige, entre outros fatores, pensar sobre a instrução disponibilizada (ou não) para homens e mulheres ao longo do tempo, nesse sentido, a História da Educação é espaço de grande importância.
Ensinando Fronteiras: projetos estatais, representações sociais e interculturalidade
Escolas interculturais de fronteira e a (des)construção de identidades em ambas Aceguás (BRA/URU)
2021 •
Edgar Garcia Velozo
Revista Brasileira de Educação
Mediação escolar: sobre habitar o entre
2018 •
Maria Goretti Andrade Rodrigues
RESUMO A inclusão escolar surgiu como um desafio e exigiu que as escolas revissem sua estrutura e criassem novas formas de ensinar. O mediador escolar acompanha o estudante durante seu dia letivo, buscando intervir, potencializando seu processo de aprendizagem, socialização e desenvolvimento. Pelo viés da cartografia, a pesquisa aqui construída se propõe a mapear processos intrincados no âmbito da mediação escolar realizada com crianças ditas autistas ou psicóticas. As vias de trabalho criativas, não normatizantes e não medicalizantes possíveis à prática da mediação escolar abrigam-se no adotar de uma postura ético-política, a qual tensiona o lugar ocupado pelo mediador. Guiada por esse posicionamento, a mediação escolar pode inaugurar vias de trabalho que produzam vida e reconheçam a singularidade da pessoa em situação de inclusão.
Psicologia em Estudo
O internato escolar como instituição total: violência e subjetividade
2002 •
Silvio José Benelli
Internatos, Asilos e Instituições Disciplinares Na História Da Educação Brasileira
2009 •
Alessandra Frota Martinez de Schueler
Pesquisas recentes sobre a historia da educacao brasileira demonstram que, desde o seculo XIX, em varias localidades do pais, houve intensos debates sobre a implantacao de uma rede de instituicoes publicas e particulares de educacao, assistencia, abrigo e/ou asilamento dos individuos. Projetos e iniciativas distintas trouxeram a baila discussoes sobre a pertinencia, ou nao, de intervencao pedagogica sobre corpos de criancas, adultos, pobres, negros, indios e mulheres, num momento em que a forma escolar de educacao ainda nao tinha se afirmado na sociedade. Nesse movimento de debates e iniciativas concretas, possibilitado pela emergencia de dispositivos disciplinares oficiais de normalizacao dos individuos e suas condutas, descortinavam-se as inter-relacoes entre os processos de estruturacao do Estado e a constituicao da instrucao primaria como direito, e dever, de cidadania, numa sociedade hierarquica, desigual e escravista (GONDRA & SCHUELER, 2008).
Educação & Realidade
A cultura da escola prisional: entre o instituído e o instituinte
2013 •
ELIZABETH DE LIMA GIL VIEIRA
O presente trabalho intenciona conhecermos e refletirmos sobre o cotidiano e a cultura da escola da prisão. É também imprescindível conhecer os números que aludem ao sistema prisional brasileiro, ou seja, número e perfil dos encarcerados, visto que entendemos serem esses dados significativos para os estudos sobre a educação carcerária. Torna-se necessário desvendar as transformações possíveis que se (re)desenham em um lugar, a priori, marcado pelo controle, pela estaticidade, mas que, a partir de um olhar mais apurado às experiências ali vividas, pode ser visto como fecundo a partir das práticas cotidianas dos sujeitos que fazem a escola da prisão.
Universitas Humanas
Escola, conflitualidade e violência
2011 •
Emily Xavier
Currículo e Gênero: Um Olhar Para a Inclusão Escolar
2007 •
Monica Eidelwein
O curriculo, na educacao, caracteriza-se como um ponto fundamental, carregado de significados e silencios, pois nele ha o encontro de varios “conteudos” e praticas dirigidas a uma determinada identidade. Isso se torna bastante complicado quando se leva em conta que o curriculo abrange muito mais aprendizagens do que as que seus “conteudos programaticos” ditam. Essas aprendizagens estao incorporadas nas diferentes linguagens que informam e constituem as praticas pedagogicas formais e informais que desenvolvemos cotidianamente e que ja nem questionamos mais. Nesse sentido, este artigo objetiva refletir sobre o discurso hom*ogeneizador da Escola, no qual a normalizacao das identidades de genero tem um papel fundamental. Problematiza-se, tambem, a necessidade de uma maior aproximacao das abordagens do discurso dos estudos culturais com o discurso da educacao inclusiva, que aponta para a importância da valorizacao das diferencas individuais; ambas sao questoes fundamentais para a reflexao...
A OCUPAÇÃO COMO PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO DA ESCOLA: NOTAS SOBRE UMA PESQUISA ETNOGRÁFICA
Luciano Corsino
RESUMO O ano de 2015 foi marcado pelo fenômeno das ocupações de uma média de 213 escolas da rede estadual de São Paulo. O presente trabalho faz parte de pesquisa de doutorado em andamento e tem como objetivo central apresentar uma reflexão acerca da experiência de um pesquisador em ocupação realizada por jovens estudantes em uma escola da rede estadual de São Paulo. Por meio de pesquisa etnográfica, somaram-se 15 horas de observação e registros em diário de campo no interior da ocupação de uma escola localizada na zona norte de São Paulo. Dentre os fatos observados, destacam-se a forte autonomia dos/as jovens ocupantes, o ambiente democrático construído nas relações cotidianas e nos eventos promovidos, como as aulas abertas e as oficinas, assim como a tensão constante nas relações estabelecidas com os sujeitos contrários à ocupação. Verificou-se que a experiência da ocupação contribuiu efetivamente para a reflexão dos/as estudantes sobre a construção de uma escola democrática.